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Poesias-->Tristeza -- 09/12/2001 - 15:48 (BELGA) |
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Compreendi minha beleza, oh, tristeza,
Na superficialidade de tua profundeza
Pois no mais íntimo sou solidão e tristeza
É preciso um pouco de tristeza sempre
Para que a beleza não peque franzina
Após um dia ensolarado vem uma noite suave
De repente tudo começa a fazer sentido
Já não se faz necessário colidir na verdade
Sussurros tão lentos e despreocupados
Situados numa isenta possibilidade, tênue.
Mal posso abrir a porta de minha alma
E quando esqueço, perco de vista a certeza
Tristeza de um olhar que se perde ao léu
Se ao menos minha beleza fosse autônoma,
Mas não, ela depende exclusivamente de minha tristeza
Só que esta tristeza é fiel, é certa, infiltrada na alma
E assim percebo livre minha real prisão, um devir
Agora o bom mesmo é cantar suave todo amanhecer
Na beleza nascente que antecede a tristeza do poente
Suave é viver assim, em demasia com a vida
E em cada fragmento da vida anunciar sua vitalidade
Como se no pôr de um sol causticante de energia
Pudesse surgir força mais bela e extasiante
Superando toda tristeza de um findar irreversível
Por um reconhecimento de que ainda e de todo modo
Vale a pena correr o risco de sonhar algo mais belo...
Na comoção de uma beleza mais íntima. |
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