O voar via além dos montes.; não sujeita-se à curva do caminho. Quem se encontrando lúcido poderia dizer que uma pedra dificultaria o caminho? Brisa que do horizonte faz erguer o vôo da águia.; luz que antes lança, agora “flechas” de uma máquina que dispara, e disparando não se cansa de reproduzir o que não se consome. Oh vida! Que todo dia ao ressurgir do sol a beleza se faz presente. O contentamento, a alegria da cotidianês de nossos sonhos. Infeliz é o homem a quem se olhando no espelho não vê sua face. Mas a grandeza disto tudo está em si fazer presente. Não na angústia de viver, mas na busca da razão suprema do existir. A perfeição é um aspecto do inatingível. Retorno meus pensamentos as flechas que ora foram luzes. Elas minguam. O sol foi embora. No mesmo desprezo de quem deixa para trás o que já se cumpriu. A lua, mendiga-pródiga em sua natureza existencial, procura aquele que outrora partiu. Meus pensamentos se esvaziam, esgotam-se. E volto a ser ao que era antes, um sonhador.
