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Poesias-->Em queda livre -- 18/12/2001 - 11:34 (Edio de oliveira junior) |
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Amanhece!
ponho a derramar sobre tudo
Os mesmos sonhos.
Não importam os acontecimentos dramáticos da estrada,
O destino que a estória reserva,
O que espero, o que mereço, o que tenho,
Os que se importam comigo ou não.
É um dezembro calmo,
É mais um, porém mais calmo que tantos outros.
Em mim
A mesma esperança de bocas abertas,
O sol tímido se retrai
Num alô sórdido.
Eu sonho, minha imaginação é um poço
De monstros vívidos,
Eu sou alguém com a sorte de existir.
Porém em breve será noite,
Deixarei de sonhar, deixarei de existir...
Coisa mais bela não há que ausência de luz.
Na noite, sou lançado ao espaço
E posso ver com clareza
Toda ilusão que me vigia,
Posso perceber que de algo frágil
Fiz meus sonhos,
Eu não sou especial, não tenho sorte,
Não tenho tantas virtudes...
Eu sou algo que obedece ao destino
E sou feliz às vezes, às vezes não.
Caminho com dez mil pedras na mão...
Mas eu existo,
Não devo negar minhas aparências!
(minhas milhões de aparências)
Sou homem!
Sou alguém que voa com asas alheias
E que sonha em cair
Sem pára-quedas, sem salva vidas,
Sem ajuda,
Sem nada...
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