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Poesias-->Chuva, vento e luz -- 21/12/2001 - 23:29 (Armindo Lima da Silva) |
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Chuva ...
Lava e carrega meu suor.
Rega minhas lágrimas,
Mata a sede que me avassala,
Do amor que desconheço,
Da amada que não usufruí.
Vá chuva!
Água deita e corredeira
Encontrar teu rio,
Que há de levar-te ao aceano-meta-final.
Luz ...
Que na tua ausência ofusca o brilho da seda,
Que cobre os olhos que não me cercam,
Também não podes me ser mais útil
Porque teu brilho maior jaz distante.
Já não tenho sebes porque florir
Nem nada porque cercar.
Procurei-te ao nível de meus olhos
Em outros olhos e não a vi.
Vá luz!
Iluminar os corações distantes
Deste vazio que chora
E lamenta tua falta
Na fogueira que já não me arde.
Vento ...
Bate-me no rosto,
Transforma-me no oposto do que sou.
Desperta-me e faze-me longe do que era,
Da quimera flor-partida que nunca desfolhou,
Fruto quedo
Verde que não madurou,
Folha caduca que não caiu,
Botão que não floriu ..
Chuva!
Lava meu corpo,
Transforma-o e
Faça com que olhos alheios
Vejam-no como sou!
Luz!
Ilumina meus olhos
E que seu clamor
Aqueça o coração daquela que me espera.
Vento!
Carrega para o mais longe
Minhas carências,
Minhas dúvidas
E a imaturidade que me há! |
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