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Poesias-->Abominações -- 07/01/2002 - 12:41 (Ademir Garcia) |
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Dormi o sono pávido do tirano
e toquei a seda colorida,
que envolvia a impura dama de honor.
Autorizei o chicote do carrasco,
que ao dorso do inocente,
lambeu com quarenta chibatadas.
Confisquei do mendigo a espórtula,
gasta na abastança de vinho,
para fartar aos fanfarrões da noite.
Fiz emular dois jovens guapos,
que aos limites da liberdade,
apenas o que ao outro ceifasse a vida.
Cingi a inocência dos amantes
com o fel da mentira,
até gargalhar ao nefasto rompimento.
Ora, quem dera negar aos anjos,
pensamentos tortos,
que abomináveis sejam a anjo outro,
que também em surdina se desvia,
e a indecência da mente,
submete aos anjos julgadores.
Tão reveses pensamentos andam,
pela mente do espurco,
que anjos também julgam falsos anjos,
que condenam esta inválida coerência,
que castiga a regalia de face duvidosa,
que me liberta na contrição do verso.
AdeGa/98
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