LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Nada por colher -- 07/01/2002 - 17:21 (Ademir Garcia) |
|
|
| |
Não !
Aos anjos não peço clemência.
Eis violento espasmo,
canalha ou asno,
um rosto de dor,
um choro ao acaso,
o pecado em evidência.
Eis um truque da escrita,
um trote do ocaso,
canalha ou asno,
alheio ao fim,
não teme o castigo,
na inspiração maldita.
Eis o excesso do poeta,
em aqui tristonho,
violenta seu sonho,
se rasga de estranho,
amordaça as estrelas,
e emudece o profeta.
Mais um poço profundo,
de boca prá baixo,
no éter vazado,
que não se vê o fundo,
disputado por deuses,
no infinito vedado.
Há então revoltosos,
de foice e facão,
o leite na boca,
do seio da teta profana,
canalha ou asno,
que a todos engana.
Princípio d outro passado,
com o mote de agora,
canalha ou asno,
juntei mil retalhos,
achincalhando fato da hora.
AdeGA/96
|
|