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Poesias-->A nova moldura -- 09/01/2002 - 15:25 (Ademir Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Dispa-te da couraça efêmera,

loquem insano das coisas,

blasfêmia, perjúrio,

a espúria consciência ética,

poética forma de lucidez repulsiva.



Há um jarro todo disforme,

o líquido adormecido em asco,

nojento, lúbrico,

a prosaica teoria entediante,

pedante troca de euforia emotiva.



Convém a todo tipo agourento,

tropeçar a virtude já casta,

estorvo, descaminho,

o mal entendido da insanidade,

vestimenta vulgar ou ledo engano.



Vista-te doutras inconsciências,

o repensar da lógica una,

resplendor, lealdade,

a compostura dita varonil,

admirada nudez do verso profano.





AdeGa/97

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