LEGENDAS |
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Poesias-->Combate e paz -- 10/01/2002 - 16:35 (Ademir Garcia) |
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Em tempo de usar as mãos,
mesmas que outrora empunharam armas,
sujaram fardas,
aqueceram trincheiras.
Fuzileiras,
nas cordilheiras,
diante da morte que espreita,
na estreita
[das matas e das vielas.
O ranger de dentes,
bocas trombeteiras,
lágrimas entre as pernas
[das lavadeiras.
Mande carta aos parentes.
Um corpo que rasteja,
as mãos suadas nos calos estão perdidas
[e nos cotovelos as feridas.
Uma lembrança incendeia,
desaparece,
na savana perfumada
[um cata-vento a muitas léguas.
Uma trégua,
das armas e da farda,
mostrar os dentes
[nas tristes bocas sorridentes,
receberam as cartas,
os parentes.
Das alegres lavadeiras.
AdeGa/97
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