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Poesias-->Confissões -- 14/01/2002 - 21:56 (Fernanda Guimarães) |
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Confissões
Minhas mãos distraídas acordam confissões
É que meu peito derrete silêncios
Quando me chegas em horas insuspeitas
Não me controla a sensatez
Encontra-me sempre à revelia
E enviesada de mim, envida-me
Sabe-me aliciada e de fácil rendição
Se me tocam as curvas do coração
É que quando vago em teus destinos
Desabrigo-me dos meus segredos
Dou de ombros a tal ponderação
Desaprendo de contenções, desvio-me
Sou de intenções, de sentir farto
E de entortar caminhos presumidos
Cedo impunemente aos teus ardores
Recitando murmúrios e todos os delírios
Sei-me sempre assim sob tua mira
São omissos os meus escudos
O clamor que em inútil vigília
Veste-se de súplica em meus dedos
Por ti, oferto-me ao desatino, ao sonho
Desguarneço-me de precauções
E de qualquer compasso de espera
Só me sei em ternuras e afetos
E já agora, reviram-me as palavras
Enleia-me o desejo inadiável e rebelde
De sussurrar que te amo...
© Nandinha Guimarães
Em 14.01.02
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