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Poesias-->Insensata Elegia -- 19/01/2002 - 16:25 () |
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Tudo o que se faz ou se pode fazer/
Num abrir e fechar de olhos em curto espaço de tempo/
Aparecer por acaso inesperadamente numa outra forma/
Figurar como emblema em uma bandeira/
De um esquadrão da cavalaria ou nas asas de uma borboleta/
Distintivo ou insígnia de uma corporação/
Branqueado ou tornado lívido pela exposição/
Tornar-se mais tênue na sexagésima parte da hora
Em um breve lapso de tempo/
Livre de perigo ou não exposto a ele/
Em um campo minado protegido com cerca de arame farpado/
Antes do crepúsculo quando os neurônios que ainda hibernam/
Na membrana móvel que cobre externamente o olho/
Mover-se vagarosamente em oscilações sob a penumbra das árvores do cemitério subterrâneo que revela/
Os pontos em que num quadro o artista imitou a luz
Neste instante eu não sei exatamente o que está acontecendo comigo/
Apenas continua chovendo dentro de mim/
Agora eu sei porque não chove mais em seu jardim/
Mas vejo na janela de sua casa uma outra
claridade, estranha e diferente/
Que se parece com um disco-voador/
Mas pelo retrovisor/
Percebi que era apenas o reflexo de seu liqüidificador.
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