Façamos de conta que tudo outra vez começou. Basta ao ano passado o seu mal.
Mas quando caírmos na real, já não saberemos a quem entregar as faixas.
Sobre as nossa mesas a fome ainda é vívida, e nas ruas o único levante aos olhos nu, é o da miséria farta...
Nossa filhas estão de programas.; nossos filhos estão viciados e os políticos são corruptos...
O povo desgraçado perdeu o senso dos seus direitos, do simples e do notável...
Assiste a tudo como conto de fadas, não se esmera e nem acredita mais em nada.
Ri a toa dos demagogos e das impunidades. Trocou a casa pelas ruas, praças, viadutos e calçadas.
Já não frequenta as escolas, já não luta por família... Vai onde todos estão indo e vem quando todos estão voltando. Vê nas marcas a sua identidade, vê nas leis uma carta de curiosidade e já faz pouco caso dos amigos...
Na verdade são tantos anos de democracia?!
`Não se vio muito progresso. De Norte a Sul um certo retrocesso...
Fomos obrigados a salários estagnados.; a acompanhar o aumento aumentado, gasolina,ônibus, leite, pão, café.; Fomos convidados a ver à Agentina perecer do nosso lado.; fomos obrigados ao frio e ao calor desengonçado...
Há muito que fomos enganados e temos que aguentar tudo calados.
E se ainda não estivermos cegos e decreptos,desse jeito, largados ao direto comum de morrer, haveremos de ver o futuro... Brasil, colônia das colônias.