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Poesias-->velhiçe -- 26/01/2002 - 16:27 (alvaro melo) |
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Velhiçe
Quanto mais penso menos minha cabeça funciona.
Será que estou eu perdendo o juizo?
Será que o tempo passou tão rápido e não notei?
Passei dos meus setenta mais ainda não
cheguei aos oitenta e acredito, como todos acreditam, tenho também o direito de viver.
Já não corro tanto como antes mas
a minha cabeça ainda pensa
como cabeça de um moleque travesso
correndo atráz de uma pipa sem dono,
perdida no meio do céu.
Meu corpo já mostra as marcas que a vida vai deixando mas mesmo assim meu coração ainda bate
como bate o coração de um menino.
A assim a vida vai mudando e com ela também vou eu. Talvez tudo já não seja tão colorido como antigamente mas também nem tudo é cinza.
Consigo enxergar apenas as pequenas manchas escuras pela qual minha vida navega.
O mar não está bravo mas também a calmaria já passou. Enquanto isso fico na proa, esperando o navio nalfragar para poder assim então nadar
até a ilha que vejo em frente de mim.
Mesmo olhando para o mar azul não consigo desviar meu pensamento da nuvem que se aproxima.
Com ela vem a chuva, o vento e também a escuridão
trazendo para dentro de mim mais uma vez o medo da insegurança.
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