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Poesias-->Viaduto - VIII -- 29/01/2002 - 16:33 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quando te descobri...

Há muito que não confidenciava a alma.

Com o tempop fui te querendo, sabendo, ignorando o dia em que o sonho e a cidade iriam se encontrar.

Amanhecia como hoje em dia. E o amor que inventamos vencia, crescia...

Foi dezembro, março... Extrapolou, formou o horizonte e no sombra do quarto, a meia luz na cabeçeira, ao som deserto de um silêncio que estava de mãos dadas com a paz, a alma, o encanto e o corpo, num suor, num desejo vôraz a harmonizar com sussuros de prazer, um querer em segredos.

Encontramos nossas vidas, de ida e vindas, sob um sol, dó, ré, mí,, fá...

O veneno do mundo ao lado crescia, as poucos, com as leis...

No semáfaro vimos o tempo acelerar, as luzes do poste ascender.; a multidão correndo passava e a chuva que começou a cair lavava os pés do chão, enquanto a lua nascia, entre a fumaça, sob desgraça...

E você enfim confessar a dor a sua injustiça, o seu erro ou pecado. Pecado?

Angústias, agonias dispostas em versos diante de nós... Era sangue, era lágrima...

Você desceu do velho ônibus algumas paradas... Vazio andou o meu coração, minha boca muda, nossas almas em pedaços.

Rumo ignorado...

Parei andei até o viaduto e lá de cima via o vulto da cidade em pontos livres, parecia um conserto em veloz da cidade que foi do passado.

Olhando o céu que tantas vezes recebe a luz, procurei na tola esperança de que aquele adeus, não ficou na estrada.

Após o blackalte, o trânsito parou, os carros gritavam no escuro,e a minha vontade de desistir daquela nova alegria esvaia-se, vendo no horizonte do tempo que era as clamídeas da noite movendo-se outra vez.

Como a procurar pelo mundo que iluminava e que em tão pouco tempo me fez feliz segui o atómo com o nó na garganta e sem dizer nada.

A alma sozinha se arrastava e os olhos vermelhos da insônia, virtude dos loucos, soerguia quando em meu peito batia forte a emoção esperançosa e perseverante que te reencontrava.

Minha menina vinha, surgia do nada.

Num espanto amanheceu de vez, com as luzes da cidade em chamas, perturbando a versão dos meus olhos, que acordaram do sonho, que dizia que tudo que vi fora imaginação.

Meio desconsertado andei, quis rir e ser feliz, mas na maioria das vezes, procurei o teu rosto e não encontrei.

O tempo havia passado. Se passasse do meu lado não a reconheceria, mas o amor que inventei naquele dia, lá no viaduto, ainda guardo com saudades.
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