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Poesias-->ESPERANÇA, PROFISSÃO BRASILEIRA -- 01/02/2002 - 00:25 (Edson Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Esperança, essa menina,

Hoje mulher bem madura,

Já fez tanta coisa na vida,

Sempre viveu de loucuras.



De tudo conhece um pouco

(muitos anos de janela).

Nem precisou professor,

Ele é que precisou dela.



Tirou diploma do grupo

E nem careceu de usar cola

Porque servia ao servente

Na biblioteca da escola.



Foi balconista de loja,

Vendeu perfume da Avon,

Desfilou pela cidade

Suja de ruge e batom.



Foi pajem na Zona Norte,

Caseira na Zona Sul,

Ascensorista do Mappin,

Olheira de Zona Azul.



Casou-se e teve três filhos,

O marido a abandonou

E ainda assim seguiu sozinha,

Nem por um momento chorou.



Foi tão boa secretária,

Fez seu patrão tão contente,

Que ele logo lhe arranjou

Outro filho de presente.



Hoje é uma velha que dorme

Na rua e vive de porre.

Diz palavrão, cospe e xinga

(Esperança, a que não morre).



Nada a deixar para as crianças,

Têm uma vida tão fútil.

Esperança, a brasileira,

Forte, mesmo sendo inútil.

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