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Poesias-->Soneto das Cores (**) -- 03/02/2002 - 13:37 (Dulce A. Siqueira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
São sempre azuis as fímbrias do horizonte,

Azul eterno, não marfim cinzento.;

Azul e verde os ecos desse monte

Onde as cores se fundem no oleento.



Se brancas são as águas dessa fonte,

Não me digam que branco é o cristal lento,

Se é sempre eterno coração insonte,

Nem mesmo ajuda o beijo azul do vento.





Não buscando pra mim a cor bem viva,

Rosa e amarelo são jardins de encanto,

Quando o roxo por certo não se aviva.



O frio deste preto corta a vista,

por isto o encarnado é sempre manto,

No compasso das cores em revista.





(**) do livro NAVE AZUL DO SONHO - Recife, 1965
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