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Poesias-->Gueto Urbano -- 04/02/2002 - 00:08 (Claudia A. de Carvalho) |
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Vivo no gueto urbano
Urbe casta, descorada
aprisionado nos
Olhares das crianças
Molduras frias
Inacabadas
Surgindo do nada
Medo do amanhecer
Em cada esquina
Vejo as perguntas
Esfaceladas pelos
Muros da ignorância
Fragmentadas pela
Intolerância
Vejo as crianças pálidas
Sem rostos, sem gargalhadas
Nos jogos da claustrofóbica
Política adaptada
Vejo os becos vazios de gente
As ruas silenciosas e limpas
Feitas para ninguém
Os brinquedos inexistentes
Nas casas planejadas
As árvores desidratadas
As crianças brincando (de nada)
Olho a imagem vazia
Fantasmas do meio dia
Silêncio estarrecedor
Tenho medo de abrir a cortina
Vejo o pulso acelerado
Pela nostalgia despida
De uma infância inexistente
De uma vida sem magia
O gueto é corpo e alma fundidos
Respira por todos
Vive por todos
Ceifa a iniciativa
Tranca a porta
Para o despertar
É o grande ditador
Eu estou no gueto
Agasalhado, alimentado
Mas, sinto um frio imensurável
Os muros fazem sombra em meus
Pensamentos
As plantas acobertam as idéias
O silêncio acorrenta a alma
As crianças caminham no escuro
Tenho sono
O silêncio empobrece os meus dias
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