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Poesias-->QUANDO NÃO -- 06/02/2002 - 17:25 (José Reynaldo Galasso) |
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QUANDO NÃO
Quando não falo com você
É como se o final de semana não houvesse existido,
As horas são longas, as nuvens pesadas,
O relógio um algoz
E o canto
É um canto rouco,
Sem voz.
Quando não recebo notícias suas
As sombras são negras e não cinzas,
As flores não explodem nos jardins,
A água do riacho torna-se turva
E a estrada
Termina de repente
Em curva.
Quando você não fala comigo
A lua desaparece num parêntesis,
Os pássaros emudecem nos galhos,
O tempo não passa
E minha visão
Torna-se aos poucos
Baça.
Quando não ouço sua risada
O dourado da tarde perde o sentido,
A música desafina escandalosamente
E explode em mil decibéis
E se acinzentam
As cores todas
Dos pincéis.
Quando não admiro seus olhos
Os ventos sopram em todos os sentidos,
A bússola enlouquece
Apontando em todas as direções
E o silêncio morre
Na boca rouca
Dos canhões.
BSB04022002
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