Jogadas nas ruas, tão nuas...
mães parideiras solteiras
Seu ventre recente, mira pr uma soleira
só na forma de infante, como pense ou cante,
rejeita, assim como deixa, o encante
que num pranto incessante, avisa a rua inteira
Traz no peito saudade, que por falta de bondade
pode trazer-lhe a maldade
Cresce, pois, menino
que como um libertino, rejeita,mas depois aceita
a face oculta reservada pelo destino
Não permita a vontade que lhe traga a maldade
No peito, a dor era um desatino, um receio,
que depois de um menino,
cresça e seja um assassino
Perdoa a que de si tirou de seu ventre
e que largou o seu pertence
na soleira do destino
Agarra-se a um fio de vida
que agora gerou sem querer
mas que, jamais vai esquecer largada num ventre feminino
para que a força do destino, não faça essa padecer
Rose Maura |