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Poesias-->Poema do Recife Moderno (**) -- 16/02/2002 - 14:11 (Dulce A. Siqueira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Recife moderno, dos arranha-céus,

Das praças amplas, das ruas alongadas

Fervilhando de gente!

Avenida Guararapes, com ares de metrópole

E os automóveis se cruzando.



Como te amo, meu Recife!

Como desejo te exaltar

Nas estrofes singelas que componho!

Ao pé de ti, estática, com unção,

Presto-te um culto de admiração.

Demoro meu olhar tao deslumbrado

Nas águas cristalinas dos teus rios!

Nos poentes dos teus dias de estios

E no verde esmeralda dos teus mares!



Recife de pontes arquitetônicas,

Duarte Coelho, Boa-Vista,

Ligando bairros, deslumbrando a vista!

E os teus cais! Sim os teus cais

Com os navios e as barcaças regionais.

O meu Recife, de praias de coqueiros.

E de suntuosos palacetes!

Piedade, Boa Viagem, Olinda

De brisa amena, de areia fina.

Em noites calmas, cantos de sereias,

Prolongam-se talvez até Candeias.



Rua Nova, do Recife,

A consagrada

Para o "footing", pela granfinagem.

Imperatriz, Duque de Caxias,

Concórdia, onde enterrei uma saudade

De uma parte da minha mocidade.

E as tuas igrejas, tantas, tantas belas,

Mesmo as mais simples, as mais singelas!

Carmo, Penha, São Francisco, Conceição,

Vem-me ao pensamento um monje em oração!

Recife de um povo bom, simples, ordeiro,

Heróico, calmo, justo e prazenteiro.



Recife antigo, com roupagem pequenina,

E Recife de hoje,

Recife moderno, Recife que fascina.





(**) Do livro NAVE AZUL DO SONHO - Recife, 1965

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