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 | Poesias-->RANCOR -- 18/02/2002 - 17:29 (ALEXANDRE FAGUNDES)  | 
	
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  Creio que só agora, depois do equívoco da vida,
  aprendi que o amor precisa mesmo rimar com mágoa.
  Ele precisa de frustração, de rancor.
  Amor diferente disso é sem graça, é seco.; 
  São as lágrimas que regam o amor.
  Sem lágrimas não tem amor.;  
  Elas são o sangue dele, é disso que ele vive.
 
 
  Sim, agora, do alto da minha sabedoria,
  da autoridade de quem já quebrou as asas,
  não me restam dúvidas:
  O amor é para ser servido em fatias.; 
  Triturado, quase queimado...
  E frio como a alma de quem vai sorvê-lo.
 
 
  Os meninos de hoje não sabem disso.
  Não, eles não têm talento para amar.
  Não cobram nada uns dos outros.; 
  Não fazem escândalos, não tentam morrer.
  Podem, pois, saber o que é o amor?
  Duvido muito! Não sabem, não!
 
 
  Garotos, se me cabe dizer-lhes alguma verdade,
  anotem esta, que maior não há:
  Se não se deixarem invadir.; 
  Se não baixarem a guarda.; 
  Se não permitirem a abordagem.; 
  Se não aceitarem que lhes tome a alma,
  Jamais será amor. 
  E vocês, nessa triste esterilidade, 
  vão poder morrer de quê?
 
 
 
 
  BH/18/02/2002
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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