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Poesias-->FUGA -- 20/02/2002 - 09:04 (Antenor Ferreira Junior) |
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Hoje pairo solitário.
E olho por entre as grades douradas da gaiola
Sou poeta pássaro, canário.
Mas bem sei que meu canto-pranto me consola.
Fico assim fitando a rua.
De chuva triste e vento fino.
Enquanto uma fina lua.
Lembra meus barquinhos de menino.
E flutua bem lá no céu... e flutua.
E num frêmito de asas.
Vôo um vôo curto e ligeiro.
Tenho pés descalços de passarinho.
Minhas penas queimam feito brasas.
Sento-me a beira do poleiro.
Penso na tristeza de outros tristes pobrezinhos:
- Como seriam as gaiolas das outras casas?
E as hora seguem e descem disformes.
Escorrem pelos ponteiros.
E é minha vida que vai, sem destino, nem nomes.
Se pudesse ir pousar no galho torto.
Da frondosa árvore de frente que da sombra aos homens.
Sairia desse exílio que me quer ver morto.
Mas fujo veloz por entre a fresta da esperança.
Ficou bem lá no passado toda a terrível clausura.
Faço meu ninho com as letras da poesia.
Deixei a dor sou livre agora, findou tristeza e amargura.
E vou voando, voando...
E vou vivendo, criando alegrias.
18/02/2002
08:55 hs
Antenor Ferreira Junior
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