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| Poesias-->Além mar -- 22/02/2002 - 19:57 ( Alberto Amoêdo) |
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Filha!...
Quando me pedistes pra ficar, a dor era certa e tempo algum há de forjar a minha lembrança, em simples passado.
O meu amor por você é não é registrado.
Aqui neste estado, sinto a brisa farfalhar o capim... Assim, pareço ver os seus cabelos valsando ao vento.
Então sinto na garganta o nó do sofrimento vicejar e tomar-me a força a liberdade de andar.
Ainda não sou completo.;
Sou mero,
Sou infiel,mas sincero.
Não sou pai, porque não tenho família,
mas gostaria...
De ficar ao teu lado.
A Deus fui desterrado,
A Mãe fui o exilado, e desse destino sou o errado.
Se esse céu azul, com nuvens de algodão, em forma de animais alados.;
Se esse rio, de águas barrentas.;
Se essa vela que lá no horizonte... E essas correntes sociais fossem além da cabeça, estaria ai, com você, a brincar de ciranda ou de roda.
Com certeza olhado em teus olhos castanhos e dizendo... Sem dizer nada.
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