Minha negra quão tarde houver concebido, ao colo da noite, sendas soturnas, vidas amantes.;
Quando aos olhos o firmamento azul escuro chegar e murmurar queixas da falta de minhas loucuras, entendes de mim que já sobrevivo de ti, que certamente devo estar a procurar-te por entre pensamentos, sabendo das agonias que falam em meu peito o desejo de querer voltar.
Minha negra ao relento nu das horas caladas que ousares velar tal fragmento, quero que sinta-se afavelmente beijada... Cativada por cada pedaço que deixo em desabafo desse momento tão distante, tão quieto de saudades.
Minha negra quiserá ter-te ao tálamo do presente.; quiserá de teu corpo folgar-te a liberdade pra te amar.; quiserá poder mostrar-te o meu âmago... Saber da pura verdade, que anda sem saber além da boca bradar a tua intimidade.
Minha negra, no postrídio estarei vivendo, n ão sei o que será o futuro, nem quero sonhar além do que estou a sentir nesse instante, porém sei que qualquer forma de vida, só tem existência com o amor.
Minha negra, eis que venho pela luz acesa do teu quarto a remediar o silêncio cálido da tua cabeça, atinar contra o teu cansaço, a falar nativo dessa mortalha sentimental, que cingir-me o hábito humano, revolvendo-o em insano, a cada vez que eu tento ser normal.