ESCRAVO
Sou escravo dos versos que componho,
Nos poemas salgados do meu pranto,
Nas palavras sumidas deste canto,
Nas noites que alimentam este sonho!
O negro que me invade é tão medonho,
As grilhetas da vida doem tanto!
Mas no peito por vezes acalanto,
A ideia dum mundo mais risonho!
Com riachos de águas transparentes,
Brotando na pureza de nascentes,
Para lavar o sal deste meu choro.
Sentindo as pessoas irmanadas,
Renascerem em novas madrugadas,
Vivendo com nobreza e mais decoro!!!
Fernando dos Santos
22/2/2002
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