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Poesias-->MURMÚRIOS ÍNTIMOS -- 24/02/2002 - 03:06 (Djalma Monteiro Pinto Filho) |
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MURMÚRIOS ÍNTIMOS
Jamais pensei cantar
a nudez da hora íntima.
Pois, na hora íntima, todos os silêncios fazem algazarra
e a cumplicidade dos olhos extasiados, em mudez,
se complementam mesmo sem fala
ao desnudarem a roupa precária
da incredibilidade no momento encantado
em quando, nus, ardemos de felicidade!
Quanta abundância de seios pequenos inquietos
perdidos nos lábios que balbuciam o gozo vindo
da sua boca antropofágica a consumir
e a lamber o meu peito arreganhado
até comer essa paixão de coração.
Quanta fartura de pés e mãos na festa dos laços
das pernas e braços nascidos sem dia exato
onde, de presente, só o contentamento
provoca arrepios bem contemplativos
pela nudez sem dia de aniversário.
Os toques, tão maledicentes, provocaram chuvas e torrentes
que vêem o embelezamento da alma nascente no corpo errante
onde deságuam entre dedos os rios para o caminho dos oceanos
que explodem num encantando mar de coxas, respingando os pelos
pelas enxurradas excitadas a brincar de chuá-chuá nas bordas do leito
acamado pela da chuva que cai incomodada pelas goteiras do quarto
afogando os murmúrios da hora mais íntima, que jamais hei de cantar!.
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