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| Poesias-->Vida.... -- 04/03/2002 - 22:50 (Edilene Bonjorni) |
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Assim consumi 41 estrelas
Tentei encontrar saídas, sem encontrar as portas
Procurei luz, sem abrir os olhos
Enfim, tentei encontrar alguem
Sem primeiro me encontrar.
Assim consumi 41 caminhos
Tentei ser tudo, sem primeiro encontrar o nada
Consumindo virtudes, ambiçoes
Sem primeiro tomar uma decisão.
Assim consumi 41 olhares
Todos querendo um pouco mais
Uns querendo um pouco menos
E outros não querendo nada.
A consumação faz a rotina
Rotina chata e cansativa
Coisa bruta se sentir máquina
Programada para nunca se cansar.
Assim consumi a carne
E dela não tirei progresso
Simplesmente a cortei em fatias
Deixando vazar todo sangue do peito
Criando um coração de fantasia.
Assim atirei pedras nos corpos
Corpos fracos e mutilados
Embalsamados diante dos muros
Pichados pela ignorancia
Dos pensamentos fracos e obscuros
Assim consumi meus 41 anos
Com tristezas, alegrias
Sorrisos e lágrimas
Já se foram, não voltam mais
E agora consumo dentro de mim
41 lágrimas
Pois não sou mágica
e não consigo ser mais criança.
Assim consumi o tempo
Consumi a vida carregada pelo vento
E o vento levou tudo
Deixou apenas as recordações de minha infância
De um amor frustado e sem graça
Consumindo meus 41 anos.
Quantos anos ainda?
Edilene Bonjorni(03.03) |
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