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| Poesias-->cheio de luz -- 18/03/2002 - 00:43 (maria da graça ferraz) |
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Cheio de luz
mdagraça ferraz
Há em minha vida
um cheiro de interior
um céu de roça
uma estrada de chão
uma cancela aberta
Tornei-me, porém,
uma mulher urbana,
vítima das luzes frias,
desta civilização desumana
e cheia de ruídos, com
gente " em estufa"
Alma vestidinha de chita,
chiquinha nos cabelos,
simples, caipira,
atravessa ruas, para nas
esquinas, lê jornal,
descute política com
o bicho social
Finge que se mistura
Finge que é uma igual
Ah, alma minha!!!
Ah, minh alma!!!
Ah, maminhas no
algodão sutian cheio
de cascas de maçã!!!
Pois no peito ,
aqui dentro do peito,
no fundo fundo do peito,
corre um rio solitário,
de águas trnqüilas,
a se perder no mato
E um pequeno barco oscila,
cheio de luz de sol
mas para eles - ó tadinhos-
o barquinho é um vazio!
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