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Poesias-->POEMA DO OLVIDO -- 19/03/2002 - 22:49 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
POEMA DO OLVIDO





Eis-me novamente em casa,

o cão submisso, a sala acesa,

algumas mangas no quintal.

Mesmos quadros pacientemente

pendurados, fixados contra

os costumeiros personagens.

Em frente ao jardim

mantém-se a silente

estátua de pedra-sabão

com os leões imóveis

durante toda noite e

no meio de minha exata

e inerente indecisão.



O costumeiro chão castanho

de igrejas que se desconservam

no rastro deste amargo tempo

que se arrasta devagar.

Eis-me eu mesmo instalado

nos rejuntes da circulação

onde habitam Portinaris

que jamais consegui copiar,

e em breve correrão

celerados contra a correnteza.

O rábula, desmodelado em seu

casaco de sombras, aguarda

o próximo acórdão, antes

que eu prepare, na cozinha,

esta sopa de idéias vazias,

sem mais nexo, pois...



Absolvem-me anjos infláveis,

incorretamente virtuais,

escorregadios feito muçum

acordando às tantas da noite

impermissível.

Ultrapasso o quarto de hóspedes

onde se encontra faz horas

minha recente angústia secular.

Essa dama vestida de escárnio,

já houvera dormido outros machos

branquelos, vomitando sua

rota e parca língua inglesa

enquanto escarram vitupérios

intraduzíveis.



Jaz o abajur aceso

luz esmaecida rente

ao biombo inútil,

em desuso.

As contas frequentemente

pagas, cobram-me o

próximo passeio ao pergolado

invisível, sem flores do mal.

Esta casa sobrevive sem

meu último arroubo,

excetua-se enquanto

desembarco sem trazer

comigo, o que há de mais

repetitivo e enervante:

Eu mesmo!





Walter Silva

Aldeia, Camaragibe 07.05.2001









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