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Poesias-->Silêncio -- 13/05/2000 - 12:22 (Brenno Kenji Kaneyasu Maranhão) |
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Conta-me teus segredos e sonhos mais ocultos.
Fala-me de ti, da tua vida. Fala-me do que tu és.
Mostra-me as mentiras que te cercam
e caminha comigo para as verdades que te afagam.
Sobretudo, acredita em mim, no que te falo,
Escuta meu grito surdo, meu silêncio que, então, chora
escondido entre as vírgulas que permeiam minhas palavras:
sentimentos mal escritos num pedaço de papel!
Ouve o meu chamado e vem!
Nos versos que te escrevo, eu me perco.
Neles, encontra-se a chave, a resposta
para aquilo que nunca foi perguntado,
o desconhecido, o inusitado,
a dúvida que, prematura, nasceu e morreu em mim,
como um corpo estranho que levarei comigo ao Nada.
Perderei-me entre as cinzas do meu corpo
e o vazio da minha alma.
Serei, então, simplesmente silêncio
(o silêncio nunca quebrado
das palavras que perderam o grito
e das vírgulas sem significado).
E tudo será apenas o espaço vazio
das entrelinhas nunca indagadas,
da dúvida nunca questionada
que restará de mim.
©Brenno Kenji
11.05.2000
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