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Poesias-->Onde o amante apaixonado chora a indiferença de sua amada -- 04/04/2002 - 23:20 (J osé Ferreira (Zéferro)) |
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Onde o amante apaixonado chora a indiferença de sua amada
SP, 18/07/98
O amor é uma desgraça
Que se abate sobre a gente
E a cada dia que passa
Maior a dor que se sente
É precisar de alguém
Como do ar e da luz
Mas a resposta que vem
Maltrata mais que a cruz
É preferível a morte
Pois a dor é passageira
Enquanto o amar como sorte
É sofrer a vida inteira
É não ter mais esperança
Nem saudade do passado
É odiar a lembrança
De um dia ter amado
Mas o amor é doença
Começa mas não tem cura
Destruindo toda crença
É inútil a procura
De lenitivo, meizinha,
De alívio ou descanso
Enquanto a vida caminha
E não encontra remanso
Sentindo chegar a morte
Sem ter pena de partir
Porque é muito mais forte
O receio do porvir
Continuar a sofrer
Sem conhecer alegria
Procurando esconder
A dolorosa porfia
Entre o amor que deseja
E a mágoa que tortura
Esperando que a peleja
Termine na noite escura
Que não abriga ternura
Nem sussurros de amor
Tão somente a desventura
De partir com tanta dor
Almejando esquecer
A desgraça desta vida
E nunca mais renascer
Oh! Existência perdida!
Dias e anos passados
Sem conhecer alegria
Momentos tão malfadados
Repeti-los não queria
E agora o esquecimento
É meu único desejo
Partir sem ter um lamento
Perecer em um lampejo
JF
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