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Poesias-->Deixe-me! -- 08/04/2002 - 22:11 (E.Person) |
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As coisas que me são úteis
insistem em ser suportáveis
e se fossem insuportáveis
não me agradaria se apenas
eu pudesse ignorá-las.
Quero sufocá-las
com meu travesseiro
de mais uma noite
sem sonho, de um sono
morimbundo beirando
a inconstância.
O que me serve
já não me basta.;
algo foi perdido,
mas bastaria para reconhecer
que o meu suficiente
é um mal necessário
que se faz de urgente
sem ser além.
Desejo matá-las com o fogo
que nunca brotou e não aquece,
apenas me incendeia para renascer
depois como um pássaro torto,
de asas quebradas.
Deixe-me,
como não as deixo,
sempre que há um inevitável
cheirando a desgosto.
Ter e não ter
novamente
como morrer e viver
respectivamente. |
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