Mesmo sem a tua permissão eu te amo. Com toda a minha força eu te amo, com toda a minha entranha, com todos os meus defeitos, com os meus medos, meus erros... Com toda a minha covardia.
A tua boca.; os teus olhos, aqueles cabelos... Negros como a sombra ao luar. Aquela pele macia... Ah! aquele tempo! Minha fantasia!
Tão difícil é diante de ti, educar os meus instintos, negar o direito ao sonho ou não sentir-se sob o teu julgo.
Por todos esses anos!
Por todos esses anos! É verdade. Errante cavalguei em tantos reinos, conheci o amor das várias raças, mas não me apaixonei.
Inventei outras terras e lá me confinei, pra fugir das emoções que ao te ver me convertiam. Contudo não adiantou...E ainda mais eu te amei!
Hoje vago entre os desenganados, entre os perdidos. Matando, morrendo me acostumando entre os infelizes.
Ah! esse desmedido amor, que anda em minhas veias, que viceja, que não se entrega, que em cárcere me mata pouco a pouco.
Se ao menos eu tivesse guarida em teus braços.; se pudesse ouvir os teus verbos acalentar a minha alma, com certeza, os meus pecados não seriam mais que marcas de um passado.
Eu seria um homem completo... Um homem em imensa felicidade.