Quando os carros freiam no sinal vermelho e a chuva intensa começa a cair... No interior do solitário surge o homem embaçado, entre os vidros num silêncio ocasional.Ele rompe a barreira com o som, vive apressado, vive tão preocupado com papeis, que esquece quem está do lado.
Ele olha ao redor e se sente sitiado.
Há um certo medo de dentro pra fora.
Naquele medo habita o autoritario, o piloto, o político ou um simples emissário, fragil testemunha da natureza controvertida e naquele instante não pari uma consciência, não pensa em nada.
Luz é velocidade. É velocidade...
Ação é aquela emoção do carro.
Diante da lei freiam outros carros,
Freiam bruscamente... Incondicionalmente diante da vida, que em frente passa e pulsa.; e passa e pulsa, e passa...
Morre quem mata,
Mata quem morre no trânsito da praça.
A violência está na consciência de quem anda,
A violência está na dor quem foi vítima,
A violência está em qualquer lugar.
Essas ruas serão só ruas, ou traços de tristes lembranças, enquanto nós apenas nelas andar.