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Poesias-->Vidas perdidas -- 13/04/2002 - 11:34 (Haroldo Pereira Barboza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Vidas perdidas

(3º lugar I Festival Alternativo de Poesia – SP – jul / 99)





Quem votou nos mesmos

Tava lelé da cuca

Ou é filho batuta.



Hoje chora nos cantos

A falta de emprego

E o futuro do medo.



O salário vira fumaça

Não dá nem pra birita

Quanto mais pra marmita.



O barraco, quando chove

Fica mais inclinado

Para oito tá apertado.



Dos carros que controlo

Da boate na esquina

O guarda leva propina.



A mulata sem emprego

Não tem mais faxina

Já nem lava a vagina.



As crianças sem futuro

De dia jogam bola

À noite cheiram cola.



E a turma do palácio

Que só caga camarão

Ri à toa na televisão.



Dizem que tudo vai bem

E logo vai melhorar

Não suporto esperar.



Mesmo sem estudo

Sei que fui enganado.

To perdido. To cagado.



Ainda rezo aos santos

Pedindo de coração

Que tenham compaixão.



Não é este o destino

Que sonhei para nós

Fico até sem voz.



Por que esta terra

Desde o descobrimento

Vive no sofrimento ?



Peguem seus foguetes

Partam para outro planeta.

Vão chupar uma caceta.



Me rejeitam, me humilham.

Que na fome eu sorria.

Isto é a democracia ?



Nem possuo um CPF.

Dizem que tenho valor

Pelo título de eleitor.



Agora manjei a jogada :

No meio destas cobras

Somos massas de manobras.



Só queria voltar 1500

Apenas um breve tempo

E soprar outro vento.



Lamentar não adianta.

É preciso ter esperança

E ensinar à criança.



Recuperem a cidadania

Sumam as raposas e gaviões.

Prendam-se os ladrões !





Haroldo P. Barboza – jun / 1999







































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