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Poesias-->A quem quer que seja -- 13/04/2002 - 19:10 (E.Person) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pouco me importa o que é importante

a não ser o que me seja necessário.

Tenho o egoísmo dos loucos,

loucos que se desvinculam

do amor postiço e saciam o atrito

entre o ensejo com o que é desejado,

que beiram entre o óbvio

e a lucidez equivicada.

Pouco possuo do que se diz de urgente.

Apenas a tenho como

uma conviniência sutil.

Sei que me é urgente ser mais urgente

do que de mim mesmo se insinua.;

um amor sem extra-unção

querendo um efeito à luz do dia,

na noite que carrega vícios.

Aprendi com o resto da minha vida

que as desculpas são quase sempre

como um sorriso cruel que brilha em silêncio.

Já não espero que um dia,

lembranças se tornem

o começo de uma nova morte,

um advento de uma vida caída.

Já não espero honrarias, promessas,

tenho meus sonhos em enigmas,

debatendo na ilusão de um suposto existir.

A qualquer um que seja,

a minha última chance,

o meu afeto, a minha distâcia:

como poderá então,

tornar a minha luz?
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