Arranca o mato estoura a pedra castiga a terra derruba a tora enlameia a bota estufa o peito espreme a fruta e chupa o caldo e manda ver de novo que o sol na cabeça desenrola as horas e a pele ardendo de não ser fácil viver e os olhos brilhando de querer assim mesmo viver e a vontade é tanta e o mato é tanto que o sorriso é pranto no suor do seu rosto chupado do corpo que manda ver e não vê a hora do desenrolar do sol pra poder parar pra mor de comer pra mor de não morrer e ardendo a vida assim mesmo viver...
E volta a página de inglês danado de não entender de integrais de equações diferenciais parciais ou ordinárias de enésima ordem e iésimo grau e condições iniciais de enlouquecer é vida chata de desistir mas ele insiste em existir e aceita a hipótese desprezando variáveis conforme a geometria que ilustra a folha que examina a mente que ri da sua cara que lhe prova o contrário que lhe toma o tempo que humilha o ego até convencer ou até vencer e vencida a pagina vem outra página de inglês de grego lêr pra ser mastigada pra ser engolida seguindo a vida vivida à insistência de teimar em existir mas eis que ainda explode a paciência de quem tenta estudar com o barulho da enxada batendo sem parar ali fora arrancando o mato estourando a pedra castigando a terra derrubando a tora que tanto descansam os olhos de quem ainda pode ter horas de paz...