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Poesias-->SOLIDÕES -- 15/04/2002 - 10:46 (J. B. Xavier) |
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SOLIDÕES
J.B.Xavier
Como são tristes as rotas em que não te encontro...
E como apaga-se o dia em escuridão
Quando não vejo a luz do teu farol...
Navegando nos sonhos dos teus sonhos,
Revolta-se o mar em ondas encapeladas
Ante tua ausência,
E vestido de saudade, sigo os ditames da insensatez,
E, por já ter te perdido uma vez,
Vacilo ante as brumas de felicidades efêmeras,
Vago por universos sombrios, onde não há sorrisos,
Busco solidões menos cruéis,
Transformo-me em muitos menestréis
Cantando a dor que flutua solta sobre meu coração!
Busco tua mão, e empalmo o vazio,
Fluo por córregos de ansiedades,
E deságuo no oceano de mil dúvidas,
Como um rio que corre triste e sem vida.
Oprime-se meu peito, onde antes morava a alegria,
Hinos distantes, quase inaudíveis, transformam-me numa elegia,
Num arauto da agonia
No emissário da melancolia...
E assim, sigo nessa busca solitária
Numa escura noite em que adentro, sem que sejas guia,
Numa escuridão onde derramo-me em todos os lugares,
Numa comunhão impensada, envolta em véus de tristezas...
Mas há um vulto esvoaçante à frente,
Que mais se fasta quanto mais persigo...
Eis meu universo, quando não estás comigo...
* * *
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