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| Poesias-->Revelações -- 15/04/2002 - 13:02 (Fernanda Guimarães) |
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Revelações
Já não me basta o silêncio consentido
A espera quase sempre conivente
Tentando adivinhar-te os desassossegos
Consome-me esta doçura irreprimível
Desejos que cedem ao corpo súplice
Já não me basta o pulsar da saudade
Contemplando-me o peito, os olhares
Os poemas escritos em solilóquio
A urgência e assédio das minhas mãos
Buscando-te em inadiáveis confidências
Já não quero o emudecer dos beijos
A deserção e orfandade dos lábios
Que seja audaz e atrevido o destino
A descerrar o segredo dos gestos
Na doçura do amor em que me abrigas
Já não ficarei entre a noite e a sombra
Não me fales dos perigos, quaisquer abismos
Deixa que se anuncie esta intimidade
E que sejam teus olhos a me despertarem
Desejo contigo encantar madrugadas
© Nandinha Guimarães
Em 15.04.02
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