Usina de Letras
Usina de Letras
139 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62408 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22546)

Discursos (3240)

Ensaios - (10449)

Erótico (13578)

Frases (50802)

Humor (20074)

Infantil (5487)

Infanto Juvenil (4810)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1377)

Poesias (140871)

Redação (3319)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2437)

Textos Jurídicos (1962)

Textos Religiosos/Sermões (6235)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Cio -- 15/04/2002 - 20:00 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Vem a ânsia de mergulhar deserta e nua

No mar de devaneios e tendências

Não obstante o pudor e a inocência

O cão fareja sua fêmea na rua.





O cais não é seguro, não é porto,

É um refúgio momentâneo da poeta

Que introduz a língua sedenta pela boca aberta

Como as ondas do mar lambendo o peixe morto.





A água salgada e morna que transtorna as sereias

Faz eriçarem-se os peitos rijos de desejo

E a poeta, induzida como aranhas pelas próprias teias

Tece a trama de aliar o furor, a loucura e o pejo.





Lá vem a fêmea babando a volúpia do instinto

Num ímpeto da espécie, alucinada e tesa

Resvalando sobre rimas e versos de labirinto

Clamando pelo amado a julgá-la presa.





Cheiros, entorpecentes da razão, inebriantes

Tornam o momento de impaciente magia

Onde faz-se necessário acasalar amantes

E gerar, dentro do útero, o grão da poesia.





Lílian Maial

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui