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Poesias-->SAGRADO E PROFANO III -- 18/04/2002 - 00:17 (J osé Ferreira (Zéferro)) |
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Sagrado e Profano III
16/04/2002
Sagrada a mão que a caneta empunha
Para cantar a benção do amor
Profana a garra que a história cunha
De fome, de violência e de dor!
Sagrado o bardo que lamenta e chora
Que ri e exalta a sua musa amada
Profano o monstro que sufoca e explora
A inocência inerme e conspurcada
Sagrada a mestra que a infância ensina
Cumprindo a sina que é sua missão
Profano é quem parado na esquina
Vende com o pó a dor e a perdição
Sagrada a mãe que em seu seio embala
O fruto do seu ventre abençoado
Profano o vate que vê e se cala
Sem defender o jovem abandonado
Deuses, de mim fazei o hierofante!
Cujo brado de alerta a todos clama
E ao velho, ao jovem, ao inerme infante...
Darei a vida em rutilante chama!
JF
marques
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