Pálida luz mascara a dor.; e então recebo uma flor:
azul, linda, artificial. Recebo um buquê. O que fiz para o merecer? Escarrei em meus amores.; fugi de minhas dores.; e ainda flores me são mandadas!
Que morram todos, posto que já morri. Depois de morrer, chorei. pelo mesmo motivo de sempre. Chorei por receber algo que não fui capaz de dar. E ri, histericamente cobri o cadáver. Enrolei-o em uma manta de brocado. Joguei-o no rio, ele voltou trazendo nas mãos um buquê de rosas vermelhas.