LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->A Sinfônia -- 24/04/2002 - 19:52 ( Alberto Amoêdo) |
|
|
| |
è fim de tarde no brejo Buritizal. Ali no meio da capital.
Ben-ti-vi assiste do alto da bacabeira, enquanto o maestro Cigarra cicia com alegria esse fim do dia.
É lua Maria!
É lua menina!
Nas estivas crianças brincam de rodas, bem à beira da ressaca.
Casas mal traçadas, de madeiras, entre tajás e imensos açaizeiros.
Enquanto o céu cinzento caminha ao carmim, o perfume que estonteia é do lírio.
Enfim, à orquestra sob a curtina espessa e verde do mururé. Ré, ré, ré, o sapo roqueja.;
O grilo cricrila, o grilo cricrila, a brisa já resfria e as janelas se fecham.
A rá coaxá, o vaga-lume lampeja no puro do escuro. Enquanto a noite já troveja...
É o inverno alteza!
É o inverno!
Retoma o sapo... Roqueja.;
Agora o grilo... Trina.;
Outros incetos, inssesantemente garritam.
Por um minuto não há pausa.;
Não há pausa...
É a chuva! É a chuva!
E a chuva desriça sobre todos os telhados, que tilinta sobre a lata, qua chaqualha a lagoa.
É o sapo, é a rá, é o grilo.
Alvorece a madrugada... É o sapo, o grilo, a rá e o galo... Desenhando a nova manhã, enquanto a lua nova oscila, sob um véu sombreado.
Amanheceu o dia! E todos estão calados.
Corre-se os olhos sobre o manto esverdeado. Só há capim molhado, só há capim molhado. |
|