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Poesias-->NA MANHÃ SEGUINTE -- 26/04/2002 - 19:14 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quando o meu corpo da noite orfegada despertou com o sol alto e os meus olhos acostumaram-se a claridade, percebi o mundo e sob um silêncio profundo ao redor, ví enfim, que estava só.

O peito doeu, a boca tremeu e a alma ficou completamente consternada.

A verdade estava logo alí, tão pura quanto a luz. Naquele dia, nada pior que não te ouvir.

Nada tão cruel quanto a tua lembrança vazia.

Aquele adeus...vogava no ar um inferno azul, um fim trágico...

Uma tristeza imensa.

Caminhar à janela e ver o horizonte fatídico, fora o momento mais breve de uma vida enclausurada.

Você partiu sem dizer,

Sem um rumo...

Sem um adeus.

As flores ainda estão no jardim.;

Os pássaros ainda clamam a tua beleza e aquele brilho dos teus olhos reluzem na memória.

Muito embora breve seja os nossos sofrimentos, este dia sem você é o fim de mim.
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