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Poesias-->Prosopopéia -- 28/04/2002 - 14:56 (Angela Ap. Mirandola Nassim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PROSOPOPÉIA



Lá vem o doutor Candinho

com seu discurso veemente,

querendo enfiar palavrórios

dentro da goela da gente.

Tanto fala que até tonteia

dá-se o ar de sabichão.



Em gesto fidalguesco convida à refeição:

oferece batatarana ao apetite glutão,

lambe os beiços o caboclo,

sonhando com fina iguaria.

Quando serve o acepipe, cruel decepção -

é puro feijão sem comparsaria.



Senta-se no banco da praça

a fazer camaradagem,

encontra o Zé da Passagem,

que descansa de uma lida

no seu bestunto tão simples,

só pensando em lauta comida.



Aos ouvidos do pobre solta a verborragia.

O matuto, coitado, com a barriga a roncar,

ouve o doutor com interesse

e em momento de respiro pergunta de supetão:

"isso come doutor,

que minha barriga ronca é de fome?!"

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