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Poesias-->Canto de Sombras -- 02/05/2002 - 10:09 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A luz de carmim e lantejoulas,

bradas de cristal frágil,

que às vezes se movem,

que às vezes são tão quietas

como sombras,

que você vê brilhar à noite

e conseguem ainda falar,

são coisas de tão ralo

e passageiro

que já não encantam

nem meu mundo.



Pois fica no seu canto,

de metros comuns e,

só saia de dia,

e não se importe

com seu desvanecer.



Pois, gente que se torna

sombra,

todo dia encontra sua imagem,

correndo de ombro a ombro,

prá morrer em algum !

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