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Poesias-->Esfinge -- 08/05/2002 - 10:47 (Clara Morena) |
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Na noite escura, corro, corro de alguém ou de alguma coisa.
Vejo não muito claramente alguém que se aproxima de mim, vem chegando, sinto medo.
Quando vejo, já estou envolvida por seus mil braços, por seus beijos indeléveis, por sua alma fugitiva.
Não quero me libertar, não posso me libertar, é vital para mim.
Sinto aromas, ouço sussurros, "Decifra-me ou devoro-te".
Mas como decifrar um enigma que a cada segundo muda?...
Como decifrar um mistério, que não tem começo, meio, nada?...
"Decifra-me ou devoro-te".
Devora-me então, se esse é o único jeito.
Devora-me de vez, já que devorou minha alma, minha essência...
Devora-me ou decifro-te, e se decifrar, nada restará senão mágoa, senão dor.
Não vou decifrar-te, não quero.
Não quero perder a ilusão de que alguma coisa fez sentido na minha vida... |
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