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Poesias-->MARIA -- 09/05/2002 - 11:39 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Maria que a estrada da vida desencantou...

Em Belém, ainda criança foi adotadada, com pai e mãe em pleno vigor.

Sob o julgo das senhoras no casarão... Quanto dissabor, suas lágrimas tantas vezes proibidas na garganta.; suas roupas maltrapilhas.; sua cabeça raspada.; sua saudade usurpada e seu passado a fardos... Seu passado a ferros apagado.

Só queria sonhar, brincar no terreiro, aquecer-se num colo, que fora muitas vezes relegado.

Menina simples que o arcanjo anunciou...

Sempre quis o amor... Só queria o amor.

Assistida pela vida carregou o fardo e as feridas.

Viveu seus quinze anos carregando sacas e sacas de carvão, quando pouco sentia calo nas mãos, mas dor maior só a falta de educação.

Viveu na ralé,

Tomava café,

Viveu num gueto, trabalhou como operária numa fabrica... Abortou do peito tanta dor, tanta dor, que sangou, sangrou. Até conhecer o homem que por sua vida passou deixando o seu rastro... Um filho que ela com tanto carinho cuidou.

Padeceu entre os parentes, vestiu colcha de retalhos, alguém a acusou de mulher solteira... Bebeu do sofrimento o pão e o vinho que o diabo amassou.

Contudo acreditava...

Acreditava...

E viu na noite negra a luz da lua argentar as suas lágrimas, que em puro corpo doído rasurava a sua fisionomia, alferia a sua cria.

Em voltas com o sofrimento eternas foram as horas que chorou.

maria!

Maria cuja luz ilumina o caminho em plena madrugada...

Maria mãe família.

Maria cuja história, em bravos traços no colo, mãos firmes em obras o curso da dor transformou.

Maria é o nome na boca sem par.
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