É, ao norte das noites que nos embalam do cansaço do dia começa a folear de verde, vermelho e branco as vitrines...
As luzes despertam singelas, num calado momento do escuro.
Fronteam aos nossos olhos o futuro, enquanto no peito do presente, pessoas parecem andar. E andam em passos da realidade sofrida, como a fomentar o desejo em outras. Por um alvorecer de pedaços de manhã, a pulsar a paz, o amor e a luz.
Assim casas tomam formas e cor. Ruas reluzem, árvores crescem e uma imensa solidão que envolve o ar que resoiramos. Um sonho que embarcamos, velas que acendem, mãos que unem-se e um tempo que passa.
É o natal.
Alguém chora com saudades,
Alguém ri sem maldades.
Aldeias surgem na miséria,
E da fome a esperança alimenta muitos jovens, pais, filhos e velhos.
O mundo vive uma nova hora.
É o natal consubstanciado de magia,
Enquanto os homens pensam,
Enquanto os homens vêem as crianças brincarem.;
Enquanto os homens põem as mãos sujas na consciência.;
O sino toca nas cidades,
Rejuvenesce as idades e emana a todo o planeta solidariedade.
Há quem adormeça.;
Há quem floresça. E se morrer, no amanhecer com certeza há de ressucitar.