Há noites que a casa grita, a luz acende e quem me visita é a insônia, sombra de tantas e tantas horas mal dormidas.
Meu peito ressecado, quieto escuta...
Confessa então a labuta, os desandes dos meus erros, os pecados e tantas feridas injustas...
O mundo pesa sobre a minhas angustias.
Há gosto de derrota na boca e mortalha de parasitas...
Se eu me deixar vencer...
Eu que sei se essas dores feridas alimentarão a minha alma, forjando um varão ou se serão simplismemte migalhas a pender no suor da mente e do corpo, como pedras, lápide de uma sorte sem se quer, as mãos e os pés levantarem um único calo de sangue a fomentar a luz.
Convergendo-me ao sepulcro que andou na vida sem nemhum sentido.
Se eu me deixar vencer...
Não sou digno de ter nascido.
Portanto, venço pra não morrer, pois quem ama, ainda que sucumba a morte da guerra, viverá eternamente.