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 | Poesias-->Manaus do Rio -- 26/12/1999 - 20:50 (Pablo Domingues Viera) |  |  |  |  |  |
 | Manaus do Rio 
 
 
 
 
 I
 
 Num fim de mundo, dentro do inferno verde da mata
 
 é onde queimam os sentimentos dos homens
 
 em sofrimentos refletidos n’água,
 
 como diamantes de reluzente beleza.
 
 
 
 II
 
 E juntos têm-se pétalas de todas as flores.
 
 A estrada e a vitória régia repartidas.;  o Rio volumoso,
 
 onde homens, peixes e barcos navegam, vagam,
 
 flutuam com leveza, vagabundeiam
 
 —	numa unidade indisciplinada,
 
 —	mas decifrada como num milagre
 
 que só é possível se se ver Deus,
 
 ler a Caligrafia de Deus!
 
 
 
 III
 
 Com essa esperança abro uma folha de carnaúba
 
 E vou passando os fios e fico me sentindo
 
 decodificando palavras, versos, páginas.
 
 De um livro mágico de onde saltam imagens dando vivas:
 
 Viva a clorofila! Viva a celulose! Viva a
 
 Vida! Viva o recreio das água! Vida de personagens.
 
 
 
 IV
 
 E vou tateado aqui, numa touceira ali
 
 como quem mexe no corpo de uma mulher.
 
 E lá vou eu feliz, passando as mãos mato adentro
 
 de forma mais despudorada abrindo as clareiras
 
 com mãos fortes e ternas de seringueiros,
 
 descobrindo no olhar atento do Boi Caprichoso!
 
 
 
 V
 
 E vou me emocionando, deixando deflorar a menina
 
 dos olhos, tomando de conta do belo horizonte
 
 aonde a mãe d’água se deixa ver à margem
 
 na margem do rio... em Manaus do Rio! E grita:
 
 Viva a clorofila! Viva a celulose! Viva a
 
 Vida! Viva o recreio das água!
 
 Viva a cidade, viva Manaus do Rio!
 
 
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